quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

não gosto de títulos mas estou obrigado à simetria 3

1. A minha criatividade é um general japonês no fim da Segunda Guerra; desfez-se de vísceras desonradas. Morreu com o meu imaginário. Suicidou-se porque já não havia batalhas para suportar até ao último homem.

2. Escolho 23 canções de liberdade e sinto que as mereço. Estou repentinamente dentro de mim, acelerado, a rugir nas multidões desfalcadas de ser. Abro a boca a outra epopeia merdosa que joga às escondidas com as minhas lágrimas.

3. Vivo numa trincheira desabitada à espera de um inimigo a cores, um moribundo a quem possa tirar a vida e, muito mais do que isso, a vitória. Carrego a nossa bandeira num mundo livre, depois de ter derrubado regimes, tolhido prateleiras inteiras de manuais antigos, depois de ter varrido uma cultura despótica que nos tornava a todos piores. Carrego a nossa bandeira onde vem desenhado o Deus na maior das apologias.

4. Descanso depois do jantar entre um cohen e um whisky. Chamo a redenção e com ela aqueles que me ouvem. Conto-lhes tudo numa parábola de vinténs sossegados, às vezes nauseados com o ritmo. Conto sacrifícios, necessidades, abotoo desculpas e faço de mim um homem.

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